Por que Visagismo?
No início de 2002, iniciei minha pesquisa sobre visagismo. Quase não havia referências sobre o assunto, especialmente no Brasil. Tive acesso a um livro, mas se limitava à análise do formato do rosto e, mesmo nessa questão, tinha muitos erros.
Conhecer a técnica de analisar o rosto é fundamental para poder exercer o Visagismo. No entanto, pelas poucas informações que tive sobre Fernand Aubry, o criador do termo visagisme, em 1937, era claro que se tratava de um conceito. Não é uma técnica. Porém, ninguém, nem o Aubry, tinha definido o Visagismo.
Estava trabalhando na criação de uma apostila para um curso de criação da imagem no cabelo e na maquiagem para o Centro de Tecnologia de Beleza do Senac SP. O objetivo era incluir o ensino da linguagem visual e os princípios do Visagismo, que até então era entendido como simplesmente a harmonização do cabelo e da maquiagem com as características físicas do cliente. Nunca tinha ouvido falar de Visagismo, mas, como artista plástico, investigava o ser humana, a face, questões psicológicas e sociais. E tinha um profundo conhecimento da linguagem visual e como compreendemos e interpretamos o que uma imagem expressa.
Estava trabalhando na criação de uma apostila para um curso de criação da imagem no cabelo e na maquiagem para o Centro de Tecnologia de Beleza do Senac SP. O objetivo era incluir o ensino da linguagem visual e os princípios do Visagismo, que até então era entendido como simplesmente a harmonização do cabelo e da maquiagem com as características físicas do cliente. Nunca tinha ouvido falar de Visagismo, mas, como artista plástico, investigava o ser humana, a face, questões psicológicas e sociais. E tinha um profundo conhecimento da linguagem visual e como compreendemos e interpretamos o que uma imagem expressa.
Conhecer a técnica de analisar o rosto
Em 1973, ao conhecer o trabalho de Carl Jung (1875-1961), o psicólogo, sobre símbolos arquetípicos, prontamente o associei ao significado dos elementos básicos de uma imagem: as linhas, as formas e as cores. Percebi que compreendemos subconscientemente, mas não racionalmente, o que esses elementos expressam porque são símbolos universais, ou arquétipos. Mais tarde conheci o trabalho de Joseph LeDoux, sobre o cérebro emocional, e postulei que os símbolos arquetípicos disparam os sistemas presentes no cérebro límbico, que geram as emoções. Por isso que compreendemos o significado de uma imagem emocionalmente e não racionalmente.
Já experimentava interpretar o temperamento dos meus alunos a partir das linhas, formas e proporções do rosto há alguns anos e tinha visto que poderia ler o temperamento e sua complexidade, com muita precisão, mas não conseguia interpretar a personalidade desta maneira.
E há muitos anos trabalhava com o conceito de que o rosto, especificamente, e a imagem como um todo formam uma identidade visual.
Foi baseado nisso e alguns outros conhecimentos de antroposofia, antropologia, psicologia e sociologia que estabeleci um conceito para o Visagismo e um método que se difere de tudo que foi feito como Visagismo anteriormente e que, acredito, seja fiel ao propósito fundamental do Fernand Aubry de expressar a personalidade do cliente.
“Uma maquiagem só é perfeita se for absolutamente harmoniosa. Não cometa o erro de fazer, por exemplo, as bochechas de menina do coro com os olhos de femme fatale. O design das sobrancelhas deve estar em harmonia com o formato do rosto e a da boca, para que tudo cria um tipo, uma personalidade.” (“Leçon de Maquillage” de Fernand Aubry 1936)
Com isso se criou o Visagismo Philip Hallawell, cujo conceito é: a arte de criar uma imagem pessoal e uma identidade visual em sintonia com o senso de identidade e com harmonia e estética.
Já experimentava interpretar o temperamento dos meus alunos a partir das linhas, formas e proporções do rosto há alguns anos e tinha visto que poderia ler o temperamento e sua complexidade, com muita precisão, mas não conseguia interpretar a personalidade desta maneira.
E há muitos anos trabalhava com o conceito de que o rosto, especificamente, e a imagem como um todo formam uma identidade visual.
Foi baseado nisso e alguns outros conhecimentos de antroposofia, antropologia, psicologia e sociologia que estabeleci um conceito para o Visagismo e um método que se difere de tudo que foi feito como Visagismo anteriormente e que, acredito, seja fiel ao propósito fundamental do Fernand Aubry de expressar a personalidade do cliente.
“Uma maquiagem só é perfeita se for absolutamente harmoniosa. Não cometa o erro de fazer, por exemplo, as bochechas de menina do coro com os olhos de femme fatale. O design das sobrancelhas deve estar em harmonia com o formato do rosto e a da boca, para que tudo cria um tipo, uma personalidade.” (“Leçon de Maquillage” de Fernand Aubry 1936)
Com isso se criou o Visagismo Philip Hallawell, cujo conceito é: a arte de criar uma imagem pessoal e uma identidade visual em sintonia com o senso de identidade e com harmonia e estética.
Um conceito e uma filosofia de trabalho
O Visagismo Philip Hallawell é uma filosofia de trabalho, que exige aprender novas técnicas, obter novos conhecimentos e mudar procedimentos. Essas mudanças são radicais e envolvem a quebra de paradigmas profundamente enraizados em todos os profissionais de beleza. Paradigmas são formas de pensamento que se tornam padrões ou modelos, que, por um lado, ajudam a organizar o pensamento e as ações, mas, por outro, dificultam a assimilação de novas ideias e limitam o pensamento criativo. Outra base do Visagismo Philip Hallawell é que a beleza é a expressão de qualidades interiores de uma pessoa, com harmonia e estética. Um dos paradigmas é que é preciso ser bonito para ser belo e que é, portanto, somente uma questão estética. Por isso, leia de novo a frase e pense sobre seu significado: a beleza é a expressão de qualidades interiores de uma pessoa, com harmonia e estética.
Portanto, para criar beleza não é suficiente pensar na parte estética, ou seja, em equilibrar as formas, ou corrigir traços físicos. É preciso expressar uma qualidade que a pessoa possui. Pensa-se primeiro em quem o cliente é, no seu estilo de vida, sua personalidade, suas necessidades particulares e profissionais e suas preferências. Depois é que se pensa no que ficará bonito.
Não é fácil pensar dessa maneira, porque todo mundo que tem senso estético logo pensa na imagem e não no que a imagem expressa.
Então, por que mudar o que está fazendo para praticar Visagismo Philip Hallawell?
O meu livro Visagismo: harmonia e estética (Ed. Senac) foi lançado em 2003, mas o interesse no assunto continua a crescer. Poder oferecer ao cliente a criação de uma imagem personalizada e única é um grande diferencial e atende a uma das principais necessidades de todos: criar uma identidade autêntica por meio de sua imagem. Uma imagem que revela qualidades e que valoriza o que é único e especial em cada um – não só de seu físico, mas também do seu ser.
Portanto, para criar beleza não é suficiente pensar na parte estética, ou seja, em equilibrar as formas, ou corrigir traços físicos. É preciso expressar uma qualidade que a pessoa possui. Pensa-se primeiro em quem o cliente é, no seu estilo de vida, sua personalidade, suas necessidades particulares e profissionais e suas preferências. Depois é que se pensa no que ficará bonito.
Não é fácil pensar dessa maneira, porque todo mundo que tem senso estético logo pensa na imagem e não no que a imagem expressa.
Então, por que mudar o que está fazendo para praticar Visagismo Philip Hallawell?
O meu livro Visagismo: harmonia e estética (Ed. Senac) foi lançado em 2003, mas o interesse no assunto continua a crescer. Poder oferecer ao cliente a criação de uma imagem personalizada e única é um grande diferencial e atende a uma das principais necessidades de todos: criar uma identidade autêntica por meio de sua imagem. Uma imagem que revela qualidades e que valoriza o que é único e especial em cada um – não só de seu físico, mas também do seu ser.
Mudanças sociais
Nos últimos 100 anos houve muitos avanços tecnológicos que provocaram grandes mudanças na sociedade. Trouxeram maior mobilidade e a globalização, crescente inclusão social, maior escolaridade e informação, maior comunicabilidade e interação. Com essas mudanças, o homem contemporâneo percebe que tem o direito e a obrigação de fazer escolhas em todas as áreas de sua vida, algo inexistente há 100 anos para todos menos uma elite seleta. A grande maioria, no entanto, não está preparada para fazer essas escolhas e não encontra auxílio.
Essa realidade produziu o que é apontado com unanimidade como sendo a maior tendência social da atualidade: a customização. Customização significa oferecer produtos, serviços, educação e até propaganda de maneira personalizada, talhada aos gostos e necessidade individuais das pessoas. Esse é o grande desafio de todos.
Visagismo Philip Hallawell é customização.
A customização vai na contramão da massificação. Implica no abandono de fórmulas, regras e padrões e na adoção de procedimentos e atitudes que estimulem a criatividade. Não há soluções prontas, porque cada pessoa é única. As tendências de moda precisam ser adaptadas para cada pessoa, e deve ser observado se são apropriadas. Significa livrar-se da tirania dos modismos, mas mantendo o direito de brincar com eles.
Conhecer a técnica de análise do rosto não faz do profissional um visagista, porque ele se mantém preso à estética da imagem, sem pensar no que a imagem expressa. É somente uma das técnicas utilizadas. Além disso, é preciso saber analisar o comportamento e a personalidade, saber explicar o que a imagem de uma pessoa expressa (e por que) e como a imagem a ser criada vai afetar seu comportamento e, consequentemente, suas relações com os outros e consigo mesmo. É necessário ter profundo conhecimento de como usar as linhas, formas, cores e outros elementos visuais para construir uma imagem que expressa a intenção do cliente e ter boa técnica para executar o trabalho.
O visagista aprende a fazer a consultoria, com o intuito de descobrir uma única coisa: o que a cliente deseja expressar. Com conhecimento da linguagem visual, técnica, sensibilidade e criatividade saberá como construir uma imagem que traduza essa intenção, com harmonia e estética.
Isso é criar beleza. Isso é Visagismo Philip Hallawell.
Essa realidade produziu o que é apontado com unanimidade como sendo a maior tendência social da atualidade: a customização. Customização significa oferecer produtos, serviços, educação e até propaganda de maneira personalizada, talhada aos gostos e necessidade individuais das pessoas. Esse é o grande desafio de todos.
Visagismo Philip Hallawell é customização.
A customização vai na contramão da massificação. Implica no abandono de fórmulas, regras e padrões e na adoção de procedimentos e atitudes que estimulem a criatividade. Não há soluções prontas, porque cada pessoa é única. As tendências de moda precisam ser adaptadas para cada pessoa, e deve ser observado se são apropriadas. Significa livrar-se da tirania dos modismos, mas mantendo o direito de brincar com eles.
Conhecer a técnica de análise do rosto não faz do profissional um visagista, porque ele se mantém preso à estética da imagem, sem pensar no que a imagem expressa. É somente uma das técnicas utilizadas. Além disso, é preciso saber analisar o comportamento e a personalidade, saber explicar o que a imagem de uma pessoa expressa (e por que) e como a imagem a ser criada vai afetar seu comportamento e, consequentemente, suas relações com os outros e consigo mesmo. É necessário ter profundo conhecimento de como usar as linhas, formas, cores e outros elementos visuais para construir uma imagem que expressa a intenção do cliente e ter boa técnica para executar o trabalho.
O visagista aprende a fazer a consultoria, com o intuito de descobrir uma única coisa: o que a cliente deseja expressar. Com conhecimento da linguagem visual, técnica, sensibilidade e criatividade saberá como construir uma imagem que traduza essa intenção, com harmonia e estética.
Isso é criar beleza. Isso é Visagismo Philip Hallawell.
Por ₢Philip Hallawell
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Citações de trechos do texto devem ser acompanhadas pelos devidos créditos.