A partir da análise do rosto, da imagem como um todo, do comportamento e do temperamento de uma pessoa, estimula-se a reflexão sobre o que se deseja expressar e, então, criar uma imagem que manifesta essa intenção, com harmonia e estética.

Esse método foi desenvolvido a partir de várias associações, inéditas e originais, de diversas áreas de conhecimento e ciência. Essa interdisciplinaridade envolve a linguagem visual, a psicologia, a ciência cognitiva e a antropologia.

Philip é artista plástico e pesquisa a imagem e a linguagem visual há 40 anos. Seu tema, como artista, é o ser humano e é especialista no desenho e pintura do rosto e corpo humanos. Em 1973, conheceu o trabalho de Carl Jung, o psicanalista, sobre os arquétipos visuais, símbolos universais, utilizados por todas as culturas em todos os tempos com o mesmo significado e associou este conhecimento aos seus conhecimentos de linguagem visual. Foi o primeiro a perceber que a composição de qualquer imagem é estruturada sobre os mais simples símbolos arquetípicos, os formatos geométricos, e que é isso que estabelece seu significado básico e seu ritmo visual. Isso se aplica à imagem pessoal também.  Os formatos de rostos, as feições, o corpo, o cabelo, as vestimentas e os gestos são compostos por linhas, formas e cores, símbolos arquetípicos, que, quando identificados e interpretados, indicam o temperamento da pessoa, chegando aos mesmos resultados de quem usa a morfopsicologia. Da mesma forma pode-se fazer a leitura da postura e dos gestos, também símbolos arquetípicos, e interpretar a linguagem do corpo e o comportamento.

Assim como outros estudiosos da imagem, Hallawell já tinha percebido que imagens contêm um forte apelo emocional. Teorizou que esses símbolos são processados emocionalmente e inconscientemente, ou seja, sem passar pelo raciocínio intelectual. O recente trabalho do cientista cognitivo Joseph LeDoux confirma essa teoria e explica porque imagens são interpretadas emocionalmente, antes de serem analisadas racionalmente. Mostra que os sistemas cerebrais mais básicos responsáveis pela sobrevivência – de defesa, reprodução e domínio, por exemplo – geram as emoções. Esses sistemas são disparados por arquétipos, especialmente os visuais, e agem muito mais rapidamente do que os sistemas racionais envolvendo o córtex.

Para o profissional de beleza esse conhecimento é de suma importância. Significa que a construção da imagem pessoal não é um mero exercício estético e artesanal, mas determina a identidade de uma pessoa, afetando seus relacionamentos e seu bem-estar emocional.

Este método é baseado nessas associações, utilizando o sistema de classificação de temperamentos criado por Hipócrates e técnicas de indução à reflexão sobre motivações e desejos. Parte de dois princípios: que o rosto é a sede da identidade de uma pessoa e que o belo é criado quando se expressa qualidades autênticas, com harmonia e estética. O objetivo é revelar o melhor de uma pessoa, sua beleza interior, proporcionando um encontro, no espelho, entre a imagem interior e a exterior, criando um estilo pessoal.

Ao longo dos últimos 5 anos, desde o lançamento do livro Visagismo: harmonia e estética (Ed. Senac São Paulo, 2003), Hallawell aperfeiçoou este método em cursos, workshops e treinando diversos profissionais da área da beleza. Comprovou sua eficácia na prática. O livro é ricamente ilustrado, com diversos exemplos da aplicação deste método em todas as áreas ligadas à criação da imagem pessoal: cabelo e maquiagem, odontologia, medicina estética, estética facial e moda. Também explica como o visagismo pode ser utilizado em outras áreas: nas artes, na literatura, na psicologia, na propaganda, na arquitetura e nos negócios.

O livro ensina como fazer uma consultoria de imagem com o cliente e como adaptar o método a diferentes tipos de pessoas, de acordo com a idade e nível cultural. Discute questões de identidade, temperamento, comportamento e como qualquer mudança na imagem altera o senso de identidade de uma pessoa. Fornece as ferramentas para trabalhar com consciência e conhecimento, sem depender unicamente da intuição.

Qualquer leitor poderá utilizar o livro para fazer uma autoanálise, conscientizar-se sobre o que sua imagem diz e determinar o que realmente deseja expressar para o mundo e para si mesmo. O profissional de beleza, no entanto, adquire uma ferramenta poderosa para ajudar o cliente a definir sua melhor imagem, com estilo e beleza, e que lhe proporciona a possibilidade de exercer sua criatividade constantemente. Um diferencial que atende as necessidades de seus clientes.

É a integração da identidade, do estilo e da beleza, por meio do visagismo.

VISAGISMO INTEGRADO: IDENTIDADE, ESTILO E BELEZA
AUTOR: PHILIP HALLAWELL
EDITORA SENAC SÃO PAULO
EDIÇÃO: 2ª (6 de agosto de 2009)