A Autoimagem
A autoimagem é a imagem que temos de nós mesmos. Infelizmente, a maioria não tem noção ou consciência dela, especialmente quando é negativa. Pessoas com boa inteligência visual têm uma percepção aguçada, mas são uma minoria. Mesmo essas, provavelmente não sabem se sua imagem é a mais adequada.
O profissional de beleza deveria poder orientar as pessoas em tudo isso, mas, se ele não tiver domínio da linguagem visual e dos princípios do Visagismo Philip Hallawell, não saberá fazer uma análise apurada da imagem. Dependerá somente da sua intuição, e isso não é o suficiente para explicar o efeito que a imagem tem sobre outras pessoas e sobre o próprio cliente e apontar melhorias. Nem sempre a imagem, mesmo sendo bonita, é a mais adequada para o momento da pessoa.
Costumo dizer que, embora cercada de milhões de imagens, em revistas, na televisão, nas ruas e em todos os ambientes, a maioria das pessoas é “analfabeta visual”. São raras as pessoas que realmente conhecem essa linguagem (não só no Brasil, mas no mundo todo). As imagens, inclusive a pessoal, nos afetam e nos influenciam, sem que tenhamos consciência dos seus efeitos e consequências.
Mesmo assim, somos muito sensíveis a críticas. Ninguém gosta de ser informado de que não está bem visualmente, mesmo quando está insatisfeito com sua imagem. Isso acontece porque, intuitivamente, todos sabemos que a imagem pessoal é a expressão de quem somos e que a auto estima é ligada a ela.
É preciso ter muito tato e sensibilidade quando se faz a análise de um cliente. Apontar os pontos positivos e nunca criticar diretamente o corte, a cor ou o penteado é altamente recomendável. Ninguém deve impor uma imagem, nem a mãe ou pai de uma criança, porque isso significa em se projetar no outro. Lembre-se de que é a própria pessoa que terá de conviver com ela e com suas consequências e efeitos emocionais e psicológicos.
Por exemplo, digamos que você é uma mulher, que tem o formato de rosto retangular largo, olhos grandes, queixo bem definido e pele do tipo outono, e que está usando o cabelo num corte Chanel, de cor escura fria.
Você não sabe, provavelmente, que isso significa que é uma pessoa do tipo colérico, ou, ainda, que a cor do cabelo deveria ser quente e o corte está fazendo com que pareça fria, rígida e inacessível. A não ser que seu trabalho exija isso, é provável que não deseja causar essa impressão nos outros. Mas, como você gostaria de ser informado disso? Você não quer ser ofendido, humilhado ou diminuído.
Provavelmente, você não entenderá o que colérico significa. Aliás, pensará que está dizendo que é brava! Você quer que se diz algo sobre as qualidades que seu rosto expressa, algo como que parece ser uma pessoa forte e decidida, emotiva e que gosta de desafios. Pronto! O diálogo está engatinhado e você se sente à vontade para falar sobre o que aprecia em si, suas preferências, o que a incomoda, ou atrapalha, nas suas relações com os outros, no trabalho e na vida pessoal, e o que deseja acentuar, atenuar ou adicionar: enfim, o que deseja expressar pela sua imagem.
É neste ponto que se pode falar da sua imagem atual e apontar o que é inadequado, mas sempre explicando porque. Você também quer saber como o profissional pretende expressar o que você deseja. E quer que o seu profissional esteja aberto a mudanças sugeridas por você, e que respeite suas preferências.
Quando o Visagismo Philip Hallawell é usado corretamente, as pessoas percebem que o profissional está trabalhando com conhecimento, na busca de uma imagem que trará benefícios para elas, tanto estéticos, deixando-as mais belas, quanto psicológicos e emocionais, aumentando a autoestima e o bem-estar.